quinta-feira, 21 de julho de 2016

Tentativa de libertação


Banhas as patas no rio.
Contemplas o brilho do sol.
Ave inocente.
Olhas a natureza, 
que o homem mascarou,
pintada à sua semelhança.
Das patas fez mãos...
Ave inocente.
Transformada sem desejar,
em pequeno monstro,
faminto de liberdade.
Serei o homem?
Tal como tu faminto...
Pequeno monstro,
transformado sem desejar.
Inocente a contemplar a natureza.

Eu e tu a lutar por ideais,
humanos e sobrehumanos.
Ou talvez só lutar 
pelo que recusámos inconscientes,
(eu um homem tu ave)
contra o que nos impuseram
e não recusámos.

Lutar
pelo que não nos impuseram 

Liberdade.