quarta-feira, 27 de julho de 2016

Uma casinha

Às vezes a casa é grande demais, e o corpo mesmo assim não cabe lá. Mas são os pensamentos que precisam de caber no corpo e na casa. E aí muitas vezes tudo fica pequeno com bocadinhos de fora, que se perdem nos encontrões que damos nas paredes da rua. Não sei o que é que mais vale a pena: se é ter uma casinha pequena onde a porta está sempre aberta (fecham-se as portas só por causa dos ladrões) ou se é ter uma grande casa onde nada cabe em condições. Quanto a mim preferia ter a porta aberta e assim poder ver o que se passa lá fora. Tenho a certeza de que me serviria de inspiração (e tudo caberia em todo o lado).